Aprenda a detectar estratégias da indústria de suplementos usadas para enganar muitas pessoas que buscam obter melhoras em sua saúde, desempenho e estética.
Como somos enganados pela indústria de suplementos:
uma conversa com Paulo Gentil (parte 2)
Testemunhos/Depoimentos
Esta é a estratégia mais antiga e mais popular de todas.
Foi assim que o livro Body for Life se tornou um fenômeno, juntamente com a empresa EAS e seus produtos, como o Myoplex. Os depoimentos, baseados na velha estória do “isso mudou minha vida” e nas fotos antes e depois estão no centro das estratégias de diversas empresas.
No entanto, a maior parte dos resultados relatados nos depoimentos é devida essencialmente a dois fatores: efeito placebo e mudanças comportamentais.
Muitas vezes ao ingerir um suplemento, uma pessoa se sente mais motivada e muda seu comportamento, se alimenta melhor, treina melhor e, consequentemente, acaba tendo melhores resultados, mesmo que o suplemento seja inócuo.
Por outro lado, há o conhecido efeito psicológico, que produz resultados diferentes do efeito fisiológico esperado.
Nesse sentido, há casos clássicos de pessoas que recebiam substâncias sem nenhum princípio ativo, mas acreditavam estar ingerindo determinadas drogas, e tiveram efeitos iguais aos que ocorreriam se estivessem efetivamente sob tratamento.
Também não se pode negar que a maioria dos testemunhos nas propagandas sejam mentiras. Pura e simplesmente mentiras.
Muitas vezes uma pessoa é pressionada a revelar resultados expressivos para ganhar prêmios, como no caso do Body for Life, e acabam usando drogas e se submetendo às cirurgias plásticas. Afinal, se tem gente que paga para fazer isso, imagina quantas pessoas não o fariam para ganhar U$100.000!
Além disso, há diversos relatos de pessoas que tiveram resultados expressivos por meio de dietas, atividades físicas e até mesmo cirurgias estéticas e receberam propostas indecorosas para mentirem e afirmarem que os resultados foram devidos a uma determinada substância.
Ou seja, lhe foi oferecida uma boa quantidade de dinheiro para responder de forma conveniente à pergunta: “Quer perder peso? Pergunte-me como”.
Os desenhos dos estudos científicos servem, dentre outras questões, para controlar tais manipulações, portanto a eficiência de uma substância só poderá ser alegada após diversos estudos serem conduzidos adequadamente e publicados por pesquisadores imparciais e não por meio de depoimentos pessoais.
Conflito de interesse
Grande parte dos estudos é financiada, ou diretamente conduzida, por pessoas envolvidas com as patentes dos produtos ou que tem interesse financeiro no sucesso das pesquisas.
Há alguns casos notórios, como
- o de Robert Stanko dono da patente de piruvato como método para prevenir ganho de gordura;
- de Steven Nissen, envolvido com a patente do HMB como método de promover a retenção de nitrogênio em humanos;
- dos estudos patrocinados pela Slim Foods que fabrica shakes dietéticos;
- dos esteticistas que publicaram estudos questionáveis sobre o uso de lipostabil;
- dos pesquisadores que compõem o corpo “científico” de empresas de suplementos; etc.
Coincidentemente, os estudos com a participação dos “donos” são os únicos a ter conclusões positivas. Em todos os casos, a manipulação dos estudos é evidente, principalmente porque os resultados não se reproduzem quando os estudos são feitos por pesquisadores sérios e imparciais.
E fica a pergunta: mesmo que uma empresa conte com um ganhador do prêmio Nobel em sua equipe, alguém realmente acredita que ele falaria mal de um produto que o deixa milionário?
Exemplo clássico é do Dr. Louis Ignarro (da folha de pagamento da Herbalife) que publicou um artigo científico em 2004 sobre os ingredientes do Niteworks (Napoli et al., 2004) e, “sem querer”, “esqueceu” de divulgar que era um membro de uma determinada organização.
Ao descobrir a imoralidade, a revista Proceedings of the National Academy of Sciences publicou uma correção em que dizia “os autores deveriam ter notificado que Louis J. Ignarro desenvolve e vende o Niteworks, um suplemento de L-arginina, L-citrullina, vitamina E, e vitamina C.
O Dr. Ignarro também é um membro do Comitê Científico da Herbalife, o distribuidor do Niteworks” (Proc Natl Acad Sci U S A. 2004 Dec 28;101(52):18262). Por curiosidade, o cientista recebeu um milhão de dólares pelo seu trabalho entre junho de 2003 e setembro de 2004. Isso sim é conflito de interesse! Será que ele falaria mal de algo tão rentável?
Aliás, mesmo com toda boa-vontade dos colaboradores não se conhece nenhum estudo que possa realmente dar validade às promessas dessa empresa.
Inclusive, um estudo da Pró-teste, revelou que o shake, que supostamente fornece tudo de bom para uma “nutrição celular” (de onde saiu isso?! Afinal que alimentação não é celular?!?) é desequilibrado nutricionalmente (http://www.proteste.org.br/map/src/414431.htm).
Estudos fictícios
Apesar da publicação de uma pesquisa em um jornal científico não ser garantia de qualidade, um estudo publicado tem maior probabilidade de estar correto, pois passou pelo crivo dos revisores.
No entanto, é muito comum que as empresas usem dados de pesquisas desconhecidas que jamais foram, e jamais serão publicadas, pois são de péssima qualidade ou não existem.
Portanto, a metodologia destes “estudos” é uma incógnita e nada impede que haja manipulações e mentiras sórdidas para que os interesses econômicos de um grupo prevaleçam.
(Como vimos na primeira parte, nem mesmo as pesquisas publicadas não estão isentas de manipulação, imagina as que ninguém vê!?)
Os vendedores habitualmente colocam em seus sites informações sobre estudos com resultados surpreendentes. No entanto, é raro que citem as referências bibliográficas.
Se tais estudos realmente existem, qual o motivo de não constarem em nenhuma base de dados científica?
Ou por que seus idealizadores não os divulgam para que possam ter algum impacto na comunidade científica (pois este é o principal objetivo de se realizar uma pesquisa)?
Um caso notório é a “pesquisa” da Universidade Baylor citada pelos vendedores do óxido nítrico (NO2). O suposto estudo foi realizado com atletas “altamente treinados”, de idade entre 30 e 55 anos e teve a duração de 8 semanas, com duas sessões semanais de musculação.
De acordo com os resultados relatados pelos vendedores, houve um aumento médio superior a 300% na carga do supino reto nas pessoas que usaram NO2!
No entanto, este estudo não parece nada mais do que uma mentira descarada.
No momento que fiquei sabendo do “estudo”, fiz uma pesquisa e descobri que no Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade de Baylor há uma linha de pesquisa coordenada por William E. O`Brien, o qual tem se interessado pelo estudo da Arginina como molécula precursora do óxido nítrico.
Mas pelo que vi, o foco estava na sua atuação na neurotransmissão e pressão arterial. O grupo tinha duas pesquisas de 2004 e nenhuma era a citada pelos vendedores de suplemento.
Havia outras linhas de pesquisa com NO2 nesta mesma universidade, mas elas eram direcionadas a neonatos e patologias específicas.
Além disso, é quase impossível visualizar um aumento de 347% no supino em 8 semanas!!
Isso quer dizer que uma pessoa que iniciasse o supino com 40 kg, estaria levantando 138,8 kg em apenas 2 meses!! Fica ainda mais difícil acreditar nas informações se levarmos em conta que, segundo as propagandas, os indivíduos eram “altamente treinados”.
Supondo que a carga máxima inicial fosse 100 kg, após as 8 semanas, os participantes estariam levantando cerca de 447 kg e bateriam facilmente o recorde mundial de supino sem camisa especial (325 kg de Scot Mendelson).
Além disso, passariam a disputar o recorde mundial de supino, novamente competindo com Scot Mendelson, que levantou 457 kg em fevereiro de 2006 (ops, será que a cobaia do experimento não foi o próprio Scot Mendelson!?).
Atualmente, os representantes e distribuidores estão tentando mudar o discurso dizendo que não existem provas que os suplementos não funcionem. Transferindo o ônus da prova ao consumidor e especialmente aos céticos.
No entanto, este é um argumento totalmente descabido, pois, antes de lançar um produto desses no mercado é obrigação da empresa comprovar sua validade e segurança.
Se partíssemos desse princípio, qualquer um poderia vender os mais variados absurdos e caberia à vítima/cliente, comprovar se teve resultado ou não (aliás, é isso que vem acontecendo).
Nessa linha de raciocínio, houve um caso clássico de uma garrafa mágica para emagrecimento. Ela se tornou famosa e muitas pessoas começaram a tomá-la sem ao menos ter ideia do que havia em sua fórmula “secreta”, até que começaram a aparecer casos de mal-estar e mortes nas pessoas que a usavam.
Ao associar os problemas com a garrafa, procedeu-se à análise do produto e foi verificado que, entre os componentes, havia nada menos que veneno de rato!
O que os vendedores iriam dizer? Que não havia nenhuma pesquisa científica afirmando que veneno de rato não emagrecia, portanto eles poderiam incluí-lo livremente nas fórmulas?
Da mesma forma, há diversos relatos de pessoas que morreram por serem vítimas de ambição e desinformação e acabaram tomando estimulantes inseridos em fórmulas de suplementos de marcas famosas (Haller & Benowitz, 2000).
Portanto, é obrigação da empresa divulgar dados sobre a segurança e eficiência do seu produto.
E, ainda assim, deve-se tomar cuidado com a manipulação dos resultados para não acabarmos como alguns usuários do Vioxx.
(Para quem deseja ver mais sobre manipulação de experimentos, recomendo que assista ao excelente filme “O jardineiro fiel”, dirigido por Fernando Meirelles).
Produtos naturais
Esta é outra estratégia que beira o absurdo.
Dizer que o produto é natural, à base de ervas ou totalmente orgânico é usado como forma de garantir que ele seja seguro.
Um dos suplementos com a maior incidência de mortes e efeitos colaterais graves são os suplementos à base de efedrina, a qual é extraída de uma erva, a Ma Huang (Haller & Benowitz, 2000; Bent et al., 2003).
Poderíamos seguir esta linha e continuar a listar diversas substâncias extraídas de ervas e que nem por isso eu as recomendaria, como a cocaína.
Marketing multi-nível (MMN)
Para diversos especialistas, esta estratégia nada mais é do uma nova roupagem da velha pirâmide.
Em verdade, o MMN não é igual à pirâmide ilegal, pois tem produtos à venda e não cobra diretamente pela afiliação e nem pelo recrutamento de novos membros.
Portanto, o MMN pode ser visto como uma pirâmide legalizada, apesar dos seus defensores refutarem a comparação. Muita gente se pergunta o motivo pelos quais os produtos deste tipo de empresas serem tão caros.
Apesar dos representantes dizerem que é devido à alta qualidade dos produtos, a verdade é que o produto não é o verdadeiro foco do negócio e nem a fonte da suposta renda gerada pelo “sistema”.
A renda vem mesmo é do recrutamento de novos distribuidores. E os altos valores dos produtos servem para distribuir as comissões e arrancar dinheiro dos novatos.
No esquema de MMN, uma pessoa é recrutada como distribuidor independente ao comprar de outra pessoa, conhecida como upline. A renda vem da comissão das próprias vendas, além de bônus provenientes das vendas das pessoas que estão abaixo deles.
Portanto, além de vender, as pessoas também estão sempre procurando recrutar mais distribuidores (quem nunca ouviu algo como “ganhe dinheiro em casa” ou “aumente sua renda”, ou foi convidado para um lanche na casa de um amigo que, na verdade, queria mostrar uma “grande oportunidade de negócios”?).
E como relativamente pouca gente fora do esquema usa os produtos, a renda acaba vindo mesmo é do recrutamento de novos seguidores, que passam por verdadeiras lavagens cerebrais para seguir com a doutrina.
Portanto, uma das principais críticas ao modelo é que a renda é gerada principalmente pelo recrutamento de novos membros, de modo que cada distribuidor é seu próprio intermediário.
Um representante de uma empresa dessas nada mais é que um pregador de uma fé. Apesar de o discurso ser sobre a “qualidade” dos produtos, os verdadeiros objetivos são atrair dinheiro e recrutar pessoas para venderem/comprarem.
Tanto que praticamente todos no esquema dizem que começaram como clientes, mas se encantaram com o sistema e viraram pregadores.
Na verdade, é matematicamente impossível que esse tipo de negócio prospere devido à saturação do mercado.
E as pessoas são induzidas a acreditar que o fracasso é devido à sua fraqueza pessoal, pois elas não foram boas o suficiente, não se esforçaram o suficiente… e acabam sem enxergar que o próprio sistema é a causa de seu insucesso, pois sua perda é necessária para o ganho das pessoas que estão acima.
Ao fazer a contabilidade de uma empresa clássica no MMN, a Amway, os dados foram chocantes.
Apesar de se alegar resultados surpreendentes nas reuniões com representantes, a realidade é outra, e revela que a maior parte das pessoas se dá mal no esquema.
Tanto que a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos tornou obrigatório colocar nos rótulos do produto da Amway que mais da metade dos representantes não ganha nada e o restante ganha uma média de U$65 por mês. Mas de onde vêm os cheques milionários que os distribuidores mostram?
É simples, eles compram uma quantidade enorme de produtos em seu nome e em nome das pessoas que estão abaixo deles e recebem o cheque com a comissão em nome de todo mundo, mas deste cheque ainda deve ser subtraído o que ele pagou pelos produtos e a comissão das pessoas que estão abaixo dele, sobrando muito pouco, ou nada.
A única maneira de conseguir ganhar dinheiro fácil é recrutar (alguns preferem o termo enganar) alguém abaixo de você para que essa pessoa comece a comprar, vender e depois recrute outras pessoas.
Somente as pessoas no topo da rede ganharão dinheiro suficiente para ter um carro importado com um enorme adesivo colado nele. Mas infelizmente a maior parte das pessoas não irá ganhar dinheiro, ou irá perder.
Discutir tecnicamente com os representantes é impossível, pois essas empresas se aproximam mais de seitas religiosas.
Não se fala do produto, mas sim da empresa, que é algo como uma entidade divina e seus criadores são vistos como os próprios messias.
Tanto que poucos vendedores sabem a composição ou até mesmo o nome dos produtos, só se fala o nome da “religião” e dos “santos”.
Pesquisas sobre o tema então nem pensar… Ciência para que? Basta ter fé, tanto que as reuniões se aproximam mais de retiros de fanáticos religiosos do que de congressos técnicos.
Se os produtos funcionassem, bastaria revelar as “diversas pesquisas” e fazer propaganda sobre qualidade em vez das frases padronizadas e repetidas de modo automatizado pelos representantes.
As empresas chegam ao absurdo de prometer, apenas com um shake, ganho de massa muscular, perda de gordura e manutenção do peso.
Prometem um alimento altamente energético e com poucas calorias (ignorando que caloria é uma medida de energia). Prometem diminuir sua vontade de comer sem reduzir o apetite (?!).
Dizem que você não precisa pular refeições, mas que você deve fazer somente 3 refeições por dia, sendo que duas delas são apenas o shake, ou seja, você faz apenas uma refeição por dia (se isso não é pular refeições, então não sei o que é)!
Não há distinção da dieta para homens, mulheres, idosos, obesos, pessoas que desejam apenas perder gordura localizada, sedentários, praticantes de atividade física…
Enfim, se não houvesse uma áurea religiosa, nem a mais ingênua das pessoas acreditaria em tantos absurdos, ainda mais depois de olhar a composição dos produtos. Portanto, muito cuidado se for convidado para um lanche na casa de um amigo e lhe oferecerem uma oportunidade de ganhar dinheiro fácil ou perder peso rápido.
Uma pergunta interessante realizada por Dean Van Druff (http://www.vandruff.com/mlm.html) com relação aos produtos vendidos por meio do MMN:
“Se este produto ou serviço é tão bom, então por que não está sendo vendido através dos sistemas costumeiros de marketing que tem servido a humanidade por milhares de anos?
Por que ele precisa recorrer a um esquema de ‘marketing especial’ como o MMN? Por que todos precisam ser tão inexperientes para comercializá-lo?
O produto seria apenas uma débil cobertura para na realidade um esquema piramidal de exploração?”
Para se informar melhor sobre o tema, basta jogar termos como “Marketing multi nível”, “Pirâmide financeira” ou em inglês “Multi level marketing” no Google e vai achar textos interessantes como http://skepdic.com/brazil/amway.html e http://www.vandruff.com/mlm.html.
Ressalte-se que esta crítica não é direcionada a nenhuma empresa específica, mas sim à utilização do MMN para enganar pessoas incautas.
Os representantes destas empresas conhecem muito bem as nossas fraquezas e manipulam com maestria a ganância que consome muitos de nós.
Em vez de se preocupar em produzir produtos de qualidade, basta organizar o esquema de uma forma que as pessoas fiquem desesperadas para vender o produto.
Muitos representantes dizem que a culpa pelas mentiras e propagandas enganosas não é das empresas, mas sim dos vendedores inescrupulosos. Eles podem ter razão.
Certamente, o sistema é impulsionado pela falha de caráter de algumas pessoas, mas não podemos negar que o mecanismo do MMN dá um empurrãozinho nesse sentido e que, caso a preocupação realmente fosse com qualidade, haveria mais pesquisas e menos lavagem cerebral nessas empresas.
Conclusão
Ao longo dos anos eu venho pesquisando o tema, ministrando palestras, escrevendo textos, conversando com estudiosos, vendedores e leigos e tirando dúvidas de todo tipo de pessoa.
Cada dia eu fico mais certo de uma coisa: a única forma de ter resultados é por meio de uma mudança de hábitos, a qual necessariamente envolve um programa de nutrição e atividades físicas.
É possível afirmar com veemência que a forma mais segura de se alcançar isso é procurar um professor de Educação Física e um Nutricionista.
Dentre as centenas de suplementos que já vi, não foi possível encontrar nem meia dúzia (literalmente) que conseguissem chegar perto dos efeitos pregados nas propagandas.
Por outro lado, tive a felicidade de ver pessoas atingindo resultados surpreendentes, inclusive atletas de nível internacional, sem nem chegar perto de um suplemento.
Minha recomendação é: se você vir um anúncio apelativo demais, parecendo fácil demais, tome cuidado!
É muito provável que seja mentira, principalmente se tiver algum dos elementos citados nos textos. Por fim, eu tenho que lhe dar uma terrível notícia… é triste dizer isso… mas… não existe uma fórmula mágica!
Autor Paulo Gentil
26/07/2006
Referências bibliográficas
- Bent S, Tiedt TN, Odden MC, Shlipak MG. The relative safety of ephedra compared with other herbal products. Ann Intern Med. 2003 Mar 18;138(6):468-71.
- Haller CA, Benowitz NL. Adverse cardiovascular and central nervous system events associated with dietary supplements containing ephedra alkaloids. N Engl J Med. 2000 Dec 21;343(25):1833-8.
- Napoli C, Williams-Ignarro S, De Nigris F, Lerman LO, Rossi L, Guarino C, Mansueto G, Di Tuoro F, Pignalosa O, De Rosa G, Sica V, Ignarro LJ. Long-term combined beneficial effects of physical training and metabolic treatment on atherosclerosis in hypercholesterolemic mice. Proc Natl Acad Sci U S A. 2004 Jun 8;101(23):8797-802.
Fonte: http://www.gease.pro.br/artigo_visualizar.php?id=195
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